sábado, 30 de novembro de 2013

"E lá vou eu, mais uma vez, colocar um sorriso no rosto e ser feliz"

"Esse é mais um daqueles momentos em que todos virão te perguntar "O que aconteceu?" e tu certamente irás responder: "NADA, NÃO FOI NADA".
Agora vamos pensar, é "nada" mesmo?
Claro que não.
No fundo sentimos aquela vontade absurda de dizer, não é nada - "é só saudade, é só tristeza, é só vontade de abraçar, de beijar, de estar perto" - E lá vou eu de novo, engolir a seco tudo o que sinto e responder sorrindo que "estou bem". Sempre bem.
Para quê? Para quê dizer que não estou bem? Porquê contar os meus problemas? Quem precisa saber deles?
Deixa lá todo o mundo pensar que estou bem, talvez eu até pareça estar.
Engoli tudo o que sentia sem sequer mastigar. Nem deu tempo de digerir. Ainda está engasgado na garganta, como se a qualquer momento fosse escapulir num grito ou numa lágrima.
Mas tento ser forte. Tento aguentar como posso.
E lá vou eu, mais uma vez, colocar um sorriso no rosto e ser feliz.
Pelo menos é o que vão pensar, é o que eu vou fazer com que eles acreditem. "Estou bem, estou feliz".
E ando por aí repetindo isso. Uma hora talvez até eu me convença. Talvez até eu comece a acreditar.
E mesmo que eu esteja perdida, que nada me corra bem, que eu tenha mil e um motivos para chorar, ninguém me vai ver derramar uma lágrima.
Porquê?
Porque não vale a pena, porque ninguém vai resolver os meus problemas. E se ninguém os vai resolver, para quê contar? Porquê vou demonstrar?
Não me cabe o papel de vítima.
E se me encontrarem por aí, podem me perguntar se estou bem. Cada vez que respondo que SIM, o meu interior se convence um pouco mais disso.
E mesmo que eu não esteja, não convém falar, se eu não estiver bem, eu sei que vou ficar..."

sábado, 2 de novembro de 2013

"... simplesmente `ou sim, ou sopas´..."

Palavras são apenas palavras, ao menos que lhes dêm significado.
Incrível a forma como para cada um de nós as palavras têm significados completamente diferentes.
Sempre que conhecemos alguém e começamos a conversar com essa pessoa, há sempre aquela palavra que fica marcada; que identifica.
As vezes pode nem ser só uma palavra, podem ser várias, pode até ser uma frase; pode ser apenas "Pazzo"; simplesmente "ou sim, ou sopas"...
Belos momentos que ficam marcados por cada palavra dita por ele/ela/aquela pessoa importante; ou às vezes só por um sorriso ou por um olhar sincero que na nossa mente pode ter mil e um significados.
Enquanto aquilo que para uns diz muito, para outros pode não dizer nada; enquanto aquilo que para uns pode fazer sorrir, para outros pode fazer chorar.
Lutar contra as palavras é algo inútil, porque quer nós queiramos, quer não, elas não vão desaparecer.
Mas o melhor de tudo é podermos ter palavras nossas, palavras de família, códigos secretos de ódio ou de paixão, palavras que nomeiam o que nos deu alegria ou nos mereceu carinho.
Palavras "fora da lei", que só atendem ao nosso apelo, que nos trazem boas memórias; e que vivem connosco mistérios e incógnitas enquanto vivemos, "e depois ficam ao tempo, à espera que voltem a reinventá-las."